6.7.08

Almoço de domingo

Acabei de chegar do almoço de domingo na casa da minha avó, ou melhor, bisavó. A casa dela é muito típica, quadros do Serro na parede, quadro do Papa João Paulo II, passarinho, papagaio, muitas plantas falsas e verdadeiras, tem um pátio no interior da casa e, antes do almoço, meus tios e meu bisavô sempre jogam uma partidinha de baralho, as mulheres cozinham e os homens esperam.
Lá é diferente, você chega e logo sente que o clima é outro... Não sei, mas também parece que tem dias que a gente tá mais sensível e as coisas tocam a gente, sabe ? Hoje eu vi tanta coisa bonita lá que me arrependi de não ter levado a minha câmera. Dava pra fazer uma sessão "casa de vó", porque como eu já disse, lá tudo é muito típico. Enfim, outro dia levo e tiro as fotos.
Hoje tava mais gostoso ainda porque, além de tudo isso, tava tocando uma musica ambiente (ambiente porque meu tio prendeu uma caixa de som em cima do muro, voltada para o terreiro). Comentei com ele que a música tava boa e o saldo do meu almoço acabou sendo dois cds: um ao vivo do Fagner e outro do Fagner com o Zeca Baleiro. Ai gente não sei explicar, mas é que eu acho lindo o jeito que o Fagner canta, tão apaixonado... No cd dele com o Zeca Baleiro tem umas músicas mais caras de Fagner e outras com mais cara de Zeca... Eu preferi o cd ao vivo porque é mais, digamos, apaixonado ...
Tem coisas que não dá pra explicar, depende do lugar e do momento pra você gostar. Igual quando eu vou ao restaurante do meu pai, que fica na roça, tem fogão a lenha e comida da roça, então quando toca Renato Teixeira, tudo parece combinar tão bem e a música é a melhor que se pode tocar no momento. Bom, é assim que eu me senti hoje escutando Fagner no terreiro da minha avó com aquele solzinho de inverno pra completar a preguiça pós-almoço.